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domingo, 17 de março de 2024

Resposta

 


Quando o funil se estreita

A luz que sempre nos guiou

desaparece como o perfume do jasmim


parece que no gargalo da ampulheta

não teremos auxílio algum


não haverá brisa consoladora (...)

nem o acalanto dos cantos(...)

 (tão santos)

nem as pombas com pena de mim


e eu cá 

nada sabendo do silêncio mais profundo

tagarelo ações iguais ao ácido

carcomendo um pedaço de aço

ou um caco de vidro


Mesmo sabendo que atrás de mim tem pó

pressionando o tempo (...)


eu me pergunto se no fundo os vagalumes

nunca foram grilos infames e vagabundos

(talvez ruidosos e hediondos)


"não se pergunta a um feto

se ele quer perder a sua morna bolha

não há escolha" (!)

(eu me respondo)






2 comentários:

  1. Il tempo scorre impietoso e spezza ogni riparo...una poesia vera e molto bella! Buona serata Arnaldo! ♥️

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