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domingo, 14 de abril de 2024

Equlíbrio

 



Pode a carpa 
respirar todo o tempo
o mercúrio da distância(?)

Se busco a cabeceira
é porque desejo
reproduzir meus versos

Não que eu esteja
a te buscar cachoeira acima

Sei que pra te encontrar
basta boiar
entregar-me
porque tu és a grandeza
do interno mar

E não te culpo pela
descrença sobre o
destino do rio
que arrasta-me

Deus sabe que sou
alucinado pelo mar
porque seu verdor
lembra as montanhas
de nossa infância

E quem te disse
que ela se fora (?)

Que tu pares de ouvir
conselhos sonsos (!)

Uma lagoa azul nos espera
virgem
imaculada (!)

E um dia riremos tanto
ao nadarmos nus
nas águas destas
lágrimas tuas vãs (...)

que  os nossos poemas
converter-se-ão
em salmos de gratidão
sem rimas

àquEle que vela
pelas nossas almas (:)
(havidas por infames)
dois salmões
que brincam de pegar
quando eu não
singro rio acima


.

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