Já li e ouvi poetas tão
raros, que escrevem
quadras sem palavras
naturalmente tocando o meu corpo
álgido e violáceo,
como se toda a
apocalíptica sobre
a vida fosse fácil de se ler
E como saberei
se a manifestação
fora da flora ou dos faunos,
se nem sempre posso
entender
a voz da surdez
cruel das pedras?
É sob manto da morte,
cosido de peles cortadas,
(sobejos de medos descarnados)
que eu me conglobo nas escarpas
um pouco torto ou meio de lado
Rasgo o solo e digo
nem o licoroso orvalho
das uvas no auge de seu frescor
é tão brando e gentil
quanto o sono que me espera nos prados!
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