Eu caminhei numa fenda profunda
entre duas cordilheiras
em uma das paredes (...)
incontáveis ninhos de cobras
feitos de pó de madeira degradada
do outro lado
só havia rocha molhada
escorregadia
não havia nada
meu caminho
era uma eterna descida
e descer parecia
distanciar da saída
que saída (?)
eu não queria voltar atrás
e sofrer tudo que eu já sofrera na vida
então olhei para os ninhos
olhei para o nada do rochedo
só não olhei para cima
ou para trás
em cima só havia
um pedacinho do céu
e o céu nunca é o que parece
mas (...)
em frente eu caminhei.
.
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